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Auxiliar de partida (bateria auxiliar)

Nada é mais incômodo que uma bateria descarregada durante um diagnóstico, não é?
Pensem naqueles casos em que a bateria defeituosa ou com carga baixa bloqueia o imobilizador ao dar partida e o motor não pega. E, quando necessitamos manter a ignição ligada por longo tempo ao testar o circuito e dar partidas várias vezes.

Frequentemente ouço comentários sobre explosão ao manusear bateria, ligar uma bateria auxiliar de partida (chupeta), queima de componentes eletrônicos ao dar partida com carregadores rápidos conectado, bateria danificada durante o trabalho.

Uma sugestão para evitar tais problemas e ainda causar uma boa impressão ao cliente é o uso do auxiliar de partida. Apesar de conter uma bateria, está protegido contra golpes e curtocircuitos acidentais, possui carregador interno e podem poupar a bateria do veículo testado durante todo o processo de diagnóstico, teste e instalação de som ou ainda serem usados como auxiliar de partida, para iluminação, e outras finalidades.

Usualmente se recomenda desconectar a bateria do veículo para recarregar-la, entretanto alguns modelos de carregadores dispensam esta exigência e pode servir, inclusive, como fonte auxiliar durante o trabalho.

links relacionados:
Bateria descarregando
Manutenção e teste de baterias

MB Sprinter CDi 311 - motor não pega

Veículo Mercedes Benz Sprinter 311 CDi , sistema de injeção common rail

Defeito: Motor não pega. Grava erros de sensor de rotação e fase (sensor no eixo de comando de válvulas do motor).

Revisado os sensores de fase e rotação, faltava tensão de alimentação para o sensor de fase. Feito continuidade da fiação constatou-se interrupção no chicote, porém após correção a falha passou a ser intermitente com paradas repentinas do motor e dificuldade para pegar. Os erros persistiram e a alimentação do sensor de fase, às vezes, era ausente. Ao mover o chicote próximo ao conector da UCM tanto normalizava quanto causava a parada do motor, se em funcionamento.

Solução: Corrigir mau contato dos terminais referentes aos sensores de fase e rotação no conector da UCM que estavam frouxos, provavelmente por uso de ponta de teste inadequada.

Comentário: O técnico cuidadoso pode adquirir ou mesmo construir pontas de testes com terminais iguais aos dos conectores originais, pois além de facilitar o trabalho, evita prejuízos para o chicote do veículo.

Defeitos eletricos intermitentes em automóveis
Evitando danos em fios e conexões
Dicas de injecao diesel common rail

VW micro-ônibus volare 8 150 - não pega

Micro-ônibus VW volare 8 150, Sistema de injeção common rail
Defeito: Quando funciona, o motor trabalha uns 5 minutos, morre e não pega mais. Lâmpada da injeção fica apagada com a chave de ignição ligada.

Verificado todas as conexões de positivo e massa de alimentação, estava tudo bem.

Solução: Substituir a unidade de comando do motor.

VW Delivery 8 150 - falha cilindro 2

Caminhão VW Delevery 8 150, sistema de injeçao common rail.
Defeito: Falha o cilindro 2 do motor, normaliza com a substituição do injetor, porém volta a falhar após alguns meses. Possui um histórico de repetidas substituições de injetores somente neste cilindro.

Na bancada de teste o injetor apresentou vazão normal, somente o volume de retorno em regime parcial estava maior, 45 ml (limite permitido 30ml).

Com a troca de lugar, injetor cil. 1 com o do cil. 2 a falha desaparece.

Solução: Feito regulagem de válvulas do motor.

Pressão absoluta x Pressão manométrica

Os manômetros de ponteiros, geralmente, medem a diferença de pressão existente entre um meio e a pressão atmosférica,

Se a pressão medida for maior que a pressão atmosférica, a diferença é conhecida como pressão manométrica ou relativa e se inferior à atmosférica é comumente denominada de vácuo.

A pressão atmosférica depende da altitude do local
A pressão relativa, medida pelos manômetros de ponteiro, pode ser definida como sendo a pressão que se acrescenta à pressão atmosférica existente, enquanto que o vácuo será o valor decrementado.

Portanto, a pressão absoluta é o resultado da soma da pressão relativa (manométrica) e a pressão atmosférica. Quando se tratar de vácuo, se determina subtraindo o valor de pressão indicado no vacuômetro do valor medido por um barômetro.   

Em termos práticos:
Se a pressão atmosférica é de 690 mmHg e o vacuômetro colocado no coletor de admissão indica 450 mmHg, qual é o valor da pressão absoluta no coletor? 

P. absoluta = P. atm – P. vacuômetro = 680 – 450 = 240 mmHg

Resultado: A pressão absoluta no coletor é 240 mmHg ou ~32 kPa ou 320 mbar.

Cuidado! É muito comum a confusão ao falar de pressão de turbo alimentação, coletor de admissão e componentes relacionados a ele, pois alguns manuais expressam valores absolutos enquanto que outros os valores relativos.

Defeitos elétricos intermitentes em automóveis


Falhas elétricas intermitentes ou esporádicas aparecem quando menos se espera e muitas vezes desaparecem antes que se possa fazer qualquer medição dificultando localizar sua origem.

Um desafio ou uma tremenda dor de cabeça? Uma coisa é certa, causa muita insatisfação aos técnicos que precisam ser producentes e aos clientes que acabam abalados na sua confiança com a reincidência do problema.

O que se deve fazer diante desta situação? Não existe uma fórmula mágica, o jeito mesmo é criar um roteiro e seguir-lo passo a passo.

Vejamos algumas sugestões úteis que podem abreviar o diagnóstico:

É comum ocorrer problemas após a instalação de algum acessório (radio, alarme, vidros elétricos...) ou um reparo de qualquer natureza.
Converse com cliente, faça perguntas sobre como e quando se manifesta, quando começou, com que freqüência acontece.
Com base nas informações tente reproduzir a falha ou proceda com uma prova pertinente.

Faça uma verificação visual procurando por anormalidades no veículo e na instalação.
Peças inadequadas ou mal instaladas, chicotes elétricos desarrumados, conexões com zinabre, são fontes potenciais de problemas. Afinal, quem não encontrou um conector trocado de lugar ou frouxo!

Teste o sistema de carga e partida.
O mau estado da bateria, alternador ou sobrecargas no motor de partida é responsável por inúmeros problemas, como: bloqueios do imobilizador, mau funcionamento dos componentes do sistema de injeção, ignição, ar condicionado, etc.
 
Se possível, leia as memórias de diagnósticos de todos os sistemas. A visão global dos erros registrados ajuda no esclarecimento de algumas falhas.  

Com um multímetro gráfico, faça medições do sistema suspeito e simultaneamente tente provocar a falha sacudindo o chicote elétrico, conectores e conexões. De pancadas leves no componente com o cabo da chave de fenda, afrouxe sua fixação, mova suavemente seu conector. Frequentemente os componentes eletrônicos apresentam soldas frias ou trincas na placa de circuito, e a falha se manifesta com as vibrações ou mudanças de temperatura.
Oxidações dos contatos nos conectores costumam interromper o circuito. Revise e limpe os terminais aplicando um spray de limpeza apropriado, encontrado em lojas de componentes eletrônicos.
Cabo solto sujeitos às flexões causadas por vibrações do motor ou movimentos de qualquer natureza em algum momento quebra o fio, interrompendo o circuito esporadicamente.

Procure por casos similares conhecidos em publicações de dicas técnicas, sites, fóruns em revistas ou outras mídias, Afinal, nem sempre estamos frente a um caso inédito.

Queima constante de fusível. Pode ocorrer devido a curto circuito no chicote elétrico, superaquecimento causado por mau contato na base de fusível ou por sobrecarga.

Verifique as passagens de cabos em contatos com pontos cortantes ou quentes, examine se há danos na isolação ou pontos desprotegidos sujeitos à curtos circuitos. Lembre-se, a entrada de objetos estranhos no componente também pode causar curto circuito ou travamento.

Em caso de superaquecimento na base de fusível, limpe os contatos, revise ou refaça as conexões dos fios e terminais.

Meça a corrente do circuito, corrente elevada indica sobrecarga elétrica ou mecânica. Revise e troque o componente (motor, atuador, bobina, etc.) se necessário.  

Dica: Nunca aumente a capacidade do fusível, há risco de causar dano irreversível ao componente, às peças ligadas a este ou mesmo queimar o chicote elétrico. 

Quando isolados da carcaça, meça a resistência de isolamento do componente com um equipamento adequado.

Mau contato das conexões à massa.
Conexões frouxas, oxidadas, com zinabre, comumente falham, e pioram sob a influencia da temperatura e vibração. As conexões à massa lideram os casos de falhas. São vários os pontos de contatos que podem ser afetados: Borne da bateria, ligações com o chassi, carcaça dos componentes, bloco do motor, carcaças de unidades eletrônicas, etc.
O osciloscópio facilita bastante esta verificação. Conforme o caso meça a queda de tensão com um voltímetro.
Para reparar-las solte as conexões, limpe os pontos de contatos e torne à reapertá-las.

Interrupção da alimentação positiva ou falha de funcionamento de componentes.
Antes de ocorrer falência total, a corrosão elétrica dos contatos de chaves e relês costumam falhar de forma intermitente. O mesmo ocorre com peças rotativas que possuem escovas de carvão e coletores, como: motores, geradores, potenciômetros e alguns atuadores. Neste caso, o diagnostico pode ser realizado com voltímetro, amperímetro ou osciloscópio.

Não se esqueça que atualmente muitos veículos possuem gerenciamento de carga do alternador, sendo que o desligamento de alguns componentes como o ar condicionado, aquecimento dos vidros, espelhos, etc. estão previstos sob certas circunstâncias. Por outro lado, a deficiência do alternador também afetará o funcionamento regular destes sistemas.

Fugas de alta tensão. Como sempre, a isolação do circuito de alta tensão deve ser perfeita, porém os sistemas com bobinas de dupla faísca são mais acometidos por fugas internas nas bobinas. As falhas ocorrem com o motor frio ou sob carga, e se nota mais quando a vela está desgastada ou a separação dos eletrodos é muito grande. Ocorre também por falhas na isolação da bobina.  

Embora estas falhas sejam tão comuns para muitos, assim como a sua solução, sempre nos deparamos com aqueles casos raros que nos obrigam a seguir todos os preceitos teóricos como forma de abreviar o diagnóstico ou mesmo ser eficaz na sua resolução.

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LE Jetronic, falta de potência, motor morre em marcha lenta

Para cada mal, um remédio!
 
Desconectar componentes de forma a avaliar o seu funcionamento ou ver como reage o sistema eletrônico muitas vezes ajuda na solução de uma falha. Entretanto é imprescindível conhecer muito bem o sistema para prever o que vai acontecer e assim poder dar um diagnóstico certeiro.

Vamos usar um fato concreto para reforçar a importância desta introdução e também acrescentar uma dica para os menos avisados.

O sistema LE – Jetronic não possui autodiagnóstico, de maneira que ao desligar um componente se produz uma reação adversa a dos sistemas motronic, ditos digitais.
 
Com certa freqüência ocorre um defeito intermitente neste sistema que resulta em perda de potência, falha de aceleração e o motor morre em marcha lenta. Ao desligar o medidor de fluxo de ar o funcionamento do motor melhora, levando muitos técnicos a concluir equivocadamente que este é o componente defeituoso.
 
Na verdade a raiz do problema são trincas na solda dos componentes da unidade de comando, as chamadas soldas frias, que afetam o cálculo do tempo de injeção, deixando-o muito baixo e empobrecendo a mistura.
 
Com a desconexão do medidor de fluxo o tempo de injeção aumenta, o que é uma reação normal do sistema já que a tensão do sinal cai ao mínimo. Se estivesse funcionando regularmente o motor afogaria com o excesso de combustível, porém diante desta falha isto compensa a mistura que está muito pobre.
 
Substituir o medidor de fluxo de ar é um erro devido à má interpretação, a solução para este caso é corrigir as soldas frias ou substituir a unidade de comando.
 
Oportunamente farei outros comentários que possam contribuir para melhorar ainda mais os critérios de diagnóstico.

Mais dicas:

Evitando danos em fios e conexões

Perfurar a isolação dos fios e cabos é uma conduta imprópria que deve ser evitada durante os testes elétricos. A sua prática favorece a ocorrência de curtos circuitos nos chicotes e a oxidação dos fios e terminais devido à entrada de água. Pontas de testes usadas inadequadamente também podem danificar os terminais dos conectores, dando lugar a um iminente mau contato.

O ideal seria que tivéssemos adaptadores para realizar todas as medições, más infelizmente com a diversidade de tipos e tamanhos existentes isto se torna inviável para muitas oficinas, desestimulando os fabricantes destes componentes.

Uma opção desejável é o uso de pontas adaptadoras universais que facilitam o trabalho e causam pouco ou nenhum impacto para cabos e conectores, além de ser uma alternativa mais econômica.

A foto seguinte ilustra alguns exemplos do uso de adaptadores que facilitam o trabalho e asseguram testes eficientes, sem causar danos aos cabos e conexões:

1 – Ponteira de haste fina e longa, introduzida por trás do conector evita perfurar isolamento do fio ou cabo. A vedação de silicone é afastada e volta ao seu lugar após a retirada da ponta de teste.
2 – Ponteira com terminal chato evita esgarçar a conexão.
3 – Ponteira terminal chato fêmea evita dobrar o terminal.

Não há dúvida quanto à melhora na qualidade do trabalho com o uso destas ferramentas, além disso, o custo é relativamente baixo. Você mesmo pode construir-los ou se preferir pode comprar-los.

BMW 328i Consumo e CO alto

Veículo: BMW 328i ano 95, sistema MS41

Bem curioso este caso, com consumo elevado e CO en torno de 10% a UCM diagnosticava falha de ignição no cilindro 1.

Mesmo permutando a bobina e a vela de ignição com outro cilindro, a falha persistia no cil. 1. Suspeitando das condições do motor, foram realizados testes de compressão e vazamento de cilindros que apresentaram resultados satisfatórios.

A verificação geral dos sensores e atuadores através do multímetro e scanner revelou que a tensão de sinal do medidor de massa de ar se mantinha entre 0,2 a 0,4 V acima do valor teórico para marcha lenta. Com a ajuda de um simulador (potenciômetro) foi enquadrada a tensão teórica do medidor de massa, notando-se assim a caída dos níveis de CO para valores próximos ao nominal e o cancelamento do erro.

Solução: Substituído o medidor de massa de ar.

Comentário: As diferenças próprias existente entre os cilindros, seja ela de natureza mecânica ou relacionada à admissão da mistura, tornavam este cilindro mais suscetível à falhas de ignição causadas pelo enriquecimento da mistura. O erro do medidor de massa inexiste para a UCM enquanto a tensão se encontra na faixa de 0,3 e 4,7V, portanto não é detectado.

Veja também:
BMW 325i falha ao acelerar
Vectra 2.0 com excesso de consumo
Construa um simulador de sensores

BMW 325i falha ao acelerar

Veículo: BMW – 325i – ano 92 sistema Motronic 3.1

Sintoma do Defeito: Marcha lenta irregular e falha em aceleração

Leitura scanner: Memória de defeito registra erro na ECU e a leitura dos parâmetros indicavam que o ponto de ignição permanecia fixo em qualquer rotação.

Solução: Substituído a ECU, já que esta função é desempenhada por ela e a mesma registrava um erro no processador.

Mais links relacionados:

Audi A4 turbo, falha ao acelerar

Veículo: Audi A4 - 1.8 turbo, ano 94
 
Defeito: Aceleração normal sem carga, porém falha ao acelerar com carga.

Não havia erros memorizados, e os valores lidos nos componentes eram coerentes. O adaptador de mistura multiplicativa registrava -6%, indicando tendência de mistura rica sob carga.
Como já se havia substituído várias peças, inclusive do sistema de ignição, passamos a verificar a estanqueidade do coletor de admissão e outros componentes que pudessem enriquecer a mistura.

Solução: Trocar mangueira rachada conectada entre o turbo e o coletor de admissão.

Comentário:
Esta falha é bastante comum em veículos turbinados, pois as mangueiras envelhecidas tendem a rachar e sob a pressão do turbo se abrem provocando distúrbios na composição da mistura.

Vectra 2.0 com excesso de consumo

Veículo: GM – Vectra 2.0 - ano 99.

Embora o carro funcionasse bem, o proprietário reclamava do excesso de consumo. Levado pela intuição o técnico substituiu o sensor MAP, colocando outro idêntico ao que se encontrava no veículo. Sem alteração, seguiu-se com o diagnóstico. Constatou-se que o sensor MAP 0.013 aplicado era incorreto, deveria ser um de final 0.022.

Solução: Colocado o sensor MAP correto.
 
Comentário:
Embora o conector seja idêntico estes sensores têm faixas diferentes de pressão, levando a um cálculo errôneo da carga e consequentemente a distúrbios na mistura ar/combustível.

Importante: É comum retirar uma peça e colocar outra de mesma referência. Nunca substitua um componente sem antes consultar o catálogo de aplicação.

Astra não pega com motor quente

Veículo: GM – Astra 2.0 ano 97/98

Talvez você já tenha ouvido a estória do carro que não pegava quando o motorista comprava sorvete de... (aí, cada um inventa um sabor). Uma estória engraçada, até que vivenciei o caso a seguir que poderia muito bem dar mais realismo ao conto.

Com o motor quente, o carro não pegava entre 4 e 8 minutos depois da parada. Até 4 minutos e após 10 minutos, partia normalmente.

Já havia um histórico de troca da bobina, velas, sensor de temperatura, regulador de pressão. Analisando o veiculo, foi notado que ao parar o motor a temperatura continuava subindo, e no período em questão se mantinha acima de 120 °C . Ao dar partida nesta condição, o ti (tempo de injeção) aumentava drasticamente, afogando motor e impedindo seu funcionamento. Simulando uma temperatura um pouco abaixo de 120 °C no período da falha, a partida era normal.

Solução: Após checar o sistema de combustível, foi substituída a UCM (unidade de comando do motor) por outra de versão diferente.

Comentário:
Há diferentes versões de UCM vinculada ao sistema de combustível, uma delas usa a estratégia de aumentar o ti (tempo de injeção) para eliminar bolhas de vapor que se formam no interior do tubo distribuidor e injetores, na outra versão cujo ti é normal, a estratégia é a pressão mais alta que impede a ebulição do combustível.

Como simular o sensor de temperatura do motor

Vamos ver aqui um exemplo de uso do simulador. O primeiro passo é interligar os bornes do simulador (potenciômetro) com o conector do sensor de temperatura, como mostrado na foto.

Ajuste a temperatura, use o scanner para visualizar o valor ajustado, e simule o funcionamento desejado.

Você pode alterar a temperatura através do potenciômetro para: Ligar o ventilador do radiador, simular a partida a frio nos carros flex, verificar as funções de adaptação Lambda ou qualquer outra função.

É importante dizer que o simulador é um componente passivo, ou seja, depende da ação do técnico.
Aquí vai a sugestão de procedimentos a realizar para simular uma partida a frio e checar os componentes do sistema flex: 

  • Verificar o A/F para saber se o carro está adaptado para alcool - deve estar acima de 80.

  • Ajustar o potenciômetro para obter uma leitura de 5 a 10 ºC.

  • Para evitar afogamento do motor, retire o fusível da bomba de combustível principal e descarregue a pressão do sistema.

  • Remova a mangueira de combustível da partida a frio do coletor e introduza em uma vasilha para coletar o combustível durante o teste.

  • Dar partida e verificar o funcionamento do sistema.
 Dica!
Para os sistemas em que a UCM controla o ventilador do radiador, ex:ME7.5.2, seja breve para evitar o superaquecimento do motor ao simular o NTC do motor com o carro em funcionamento.

Construa um simulador de sensores

Muitos sensores fornecem à unidade de gerenciamento do motor uma tensão (voltagem) contínua para o cálculo da grandeza correspondente. Qualquer desvio na tensão do sensor gera imprecisão nos cálculos e no comando das funções programadas. A substituição é um recurso bastante empregado para avaliar se o componente está defeituoso.

Um simulador de sensores pode evitar a troca desnecessária de componentes e também ajudar na verificação das funções do módulo. Potenciômetros, sensores de carga, de temperatura, nível e outros similares podem ser simulados com o uso de décadas resistivas ou uma fonte de tensão variável. Também pode ser empregado um potenciômetro multivoltas, um elemento simples que permite ajustes precisos e sem interrupção do sinal.

Veja esquema de ligação:
Esquema do simulador de sensores.

Os resistores de 100 Ohm são opcionais, devem ser usados como proteção de curto circuito acidental ao ligar a uma fonte de tensão.
O número dos bornes dependem do potenciômetro adquirido. No esquema acima a resistência aumenta no sentido horário de giro do potenciômetro.   

Material:
Potenciômetro fio 5 ou 10 KOhm – 10 voltas
2 Resistores 100 Ohm (marrom,preto,marrom) – 1/8 W
Outros: Caixa, bornes 4 mm (pode ser usado outra medida de sua preferencia) – vermelho, verde, preto, espaguete isolador, Knob, fio #22 flexível.

Detalhes de montagem do simulador com potenciômetro, o qual uso no meu trabalho.Montagem:
Veja figura 1. Isolar os terminais dos resistores de 100 Ohm com espaquete ou a capa de um fio, deixando descoberto 3 mm em cada ponta. Soldar uma das extremidades de um dos resistores no pino (1) (capa preta) e o outro ao pino (3) do potenciômetro (capa vermelha). Solde no terminal do cursor um pedaço de fio de ligação fino (fio azul).
1
Na foto 2 pode ser visto os detalhes de montagem na caixa (usei uma caixa reciclada de uma velha fonte). Faça a furação de acordo com os componentes que disponha. Monte o potenciômetro e os bornes de conexão. Solde as outras extremidades dos resistores nos bornes preto e vermelho respectivamente. Solde o fio azul do cursor no borne verde (central)
2

A foto 3 ilustra a caixa acabada.
3

Preparar cabos com pino banana 4 mm em uma ponta e na outra use o terminal de acordo com os conectores no veículo.

Prova e uso:
Ligue o borne vermelho ao positivo de uma fonte de tensão/bateria de 5 ou 12 V, e o borne preto ao negativo. Com um multímetro ligado entre o borne preto e verde, gire o potenciômetro para obter uma tensão variável próxima de zero e o máximo de alimentação.  
Veja uso nos links que segue:

Carro não pega a quente

Um engano, uma hipótese inconsistente, cabeça quente, e “vualá”, algo simples se torna num pesadelo.
Certa vez me pediram um curso somente com aulas práticas, embora fosse atípico, concordei em fazê-lo.

No local do curso, cuidadosamente preparado, se encontrava um VW – Amazón (Voyage aqui no Brasil) com sistema KE-Jetronic e ignição TZH cujo chicote e módulo estavam esparramados pelo assoalho, lado do passageiro. Em frente ao carro, um MOT 250 e um analisador de quatro gases.
Após as apresentações iniciais e um pouco de lorota para quebrar o gelo, o chefe da oficina me disse que o carro tinha um problema difícil de solucionar e que seria perfeito para a aula. Que providencial, pensei, esboçando apenas um leve sorriso. Deu partida, o motor pegou "de primeira", e então me disse:
- Viu! Com o motor frio é uma maravilha pra pegar, más não funciona com o motor quente. Faz um mês que está assim, já substituí o sistema KE por carburador, e aí sim acaba o problema. Pena que não posso deixar com carburador!

Relaxados, continuamos a conversa enquanto o motor esquentava. Depois de uns 20 minutos desligou o motor que comprovadamente não pegou mais.
Como era um curso prático, pedi para ligassem o equipamento de testes e fizessem todas as medições possíveis, começando pelo sistema de ignição. Dirigi todas as provas ressaltando o uso correto do equipamento e esclarecendo dúvidas. Demorou tempo suficiente para que o motor esfriasse e voltasse a funcionar. Com o motor ligado, sugeri que continuassem com os testes do sistema de ignição. A essa altura eu já havia percebido uma anormalidade potencial para o defeito, más devido ao trabalho passivo, não foi notada pelos participantes. Então, os alertei que deveriam rever as medições e confrontar os resultados com o manual do sistema.

Por fim se deram em conta de que o ângulo de permanência, 65 graus fixo, não enquadrava. Com um sorriso aberto, e numa respirada bem fundo e pausada, retrucou um dos técnicos:
– Ha há... Eu já desconfiava deste módulo de ignição!
Passando o olho pelo grupo, questionei:
– Todos concordam? – Silêncio. E pondo a prova a sua convicção, continuei:
- Por que acredita que seja o módulo?
– Porque a bobina é nova, foi trocada faz pouco tempo. – Retrucou.
– Más ela está correta?

Calados, conferiram a bobina, evidenciando o erro de aplicação e inclusive a falta de atenção ao medir a sua resistência. Substituíram-na e o carro voltou a funcionar perfeitamente.

Defeitos da ignição transistorizada TSZi

Reconhecer os sintomas que se apresentam em um sistema com defeito é sem dúvida uma grande vantagem para agilizar o diagnóstico. Seguindo esta linha de pensamento enumero alguns sintomas de mal funcionamento que se confirma na ignição transistorizada indutiva da Bosch, conhecida por sistema TSZi, e suas principais causas.

Sintoma 1: Ângulo de permanência é elevado em marcha lenta e diminui ao acelerar.
Causa: polaridade da bobina impulsora ou fiação do impulsor invertida.

Sintoma 2: ângulo de permanência baixo.
Causa: Entreferro do conjunto impulsor grande.

Sintoma 3: Rotação do motor instável, falha de ignição, estouro no escape ao acelerar.
Causa: rotor do impulsor danificado (conferir o alinhamento da chaveta – foto acima)

Lembre-se que fugas de corrente na tampa, cabo de vela ou rotor do distribuidor produzem os mesmos sintomas descritos neste item.

Ignição transistorizada Hall x ângulo de permanência

A interdependência do ângulo de permanência e a corrente elétrica do primário é uma característica dos módulos de ignição Hall e outros sistemas similares. Nestes, para garantir a eficiência na indução de AT, o ângulo de permanência aumenta caso não seja alcançado o limite de corrente programado para o enrolamento primário da bobina de ignição.
Esta característica é um instrumento importante no diagnóstico, pois o ângulo de permanência elevado em marcha lenta pode estar associado a defeitos no circuito primário, tais como: mau contato nos conectores ou conexão massa, bobina errada ou inadequada (alta resistência primaria) e queda na tensão de alimentação da bobina ou módulo.

Dados técnicos de referência:
Angulo de permanência UC 142 Bosch - 15 a 20 graus em marcha lenta.  

Lâmpada de teste x "caneta" de teste LED


 A lâmpada e a "caneta" de teste LED são ferramentas simples, bastante utilizadas para constatar a presença de alimentação ou sinal em um sistema elétrico. Seu uso gera controvérsia, pois se trata de uma avaliação empírica. Além disso, é vetado para o sistema de air bag devido ao risco de disparar-lo.

Como alerta, posso dizer que já constatei danos em bobinas de ignição, as que possuem transistores incorporados, causados pelo seu uso. A corrente elétrica da lâmpada de teste ou LED excita o transistor e liga a bobina de ignição ao se tentar detectar os pulsos de comando da etapa de potencia. Durante o teste, o cilindro correspondente à bobina de ignição falha e a corrente primaria sobrecarrega a bobina.
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Como medir corrente baixa com pinça de alta capacidade

Os âmbitos de medições de corrente em veículos automotores variam muito, desde alguns milésimos a centenas de Amperes. Isto torna impraticável o uso de uma única pinça de medição.
Uma técnica simples e bastante útil permite adaptar uma pinça de alta capacidade para medir correntes mais baixas. Basta envolver a pinça com algumas voltas do cabo do circuito onde se deseja fazer a medição, para torná-la sensível às medições de corrente de pouca intensidade.

A pinça de 100 A (foto) estará adaptada para medir correntes de até 20 A, ao ser envolvido com cinco voltas do fio do circuito onde será medido a corrente.

Lembre-se a intensidade de corrente medida será o valor da leitura dividido por cinco, proporcional a quantidade de espiras enrolada na pinça.
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