Teste do regulador de tensão eletrônico na bancada

A troca do componente é a prática mais comum para tirar a dúvida quanto ao estado de funcionamento do regulador de tensão.
Em certos casos, como aqueles em que o acesso ao componente é restrito ou não se dispõe de um alternador para realizar o teste, sua comprovação isolada é aconselhável.

Com uma fonte de tensão regulável e uma lâmpada com potencia máxima de 10 W pode ser testado vários modelos de reguladores eletrônicos Bosch, Delco, Nippon, Denso e outros similares.

Temos como principio a propriedade do regulador em desligar o campo (rotor) ao atingir sua tensão de regulagem, isto é, um regulador do sistema de 12 V vai interromper a corrente do campo com tensão entre 13,5 e 15 V. Abaixo desta tensão o regulador manterá em estado de condução, alimentado o rotor.

Para o teste na bancada de serviço colocamos o positivo da fonte conectada no borne D+ e o negativo da fonte ao borne D-, e os fios da lâmpada ligamos aos bornes que correspondem à conexão com o rotor, vide fotos que seguem.


Da mesma maneira, em um regulador em bom estado a lâmpada estará acesa enquanto a tensão da fonte for inferior ao limiar de regulagem e se apagará na faixa de trabalho referenciada.

A foto ao lado ilustra a ligação correspondente ao regulador eletrônico externo. Para outros modelos de reguladores identifique os terminais e faça as conexões de forma análoga as apresentadas aquí




A avaliação do resultado é bem simples, se a lâmpada não acende com tensão abaixo do limiar de regulagem significa que o regulador está interrompido.
Se a lâmpada não apaga com tensão acima de 15 V significa que o regulador está em curto circuito. Também estará defeituoso o regulador cuja lâmpada apaga com tensão abaixo ou acima da tolerância referenciada para o mesmo.
Lembrem-se estes componentes estão sujeitos à falhas intermitentes.

Para testar o regulador de 24 V basta usar uma lâmpada de 24 V e obviamente uma fonte que possa alcançar pelo menos 30 V.

Com mais esta matéria o leitor pode avaliar a importância que tem uma fonte de tensão e corrente regulável na oficina, pois além de alimentar é possível testar muitos componentes com esta.

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Por que os alternadores queimam

Muitas vezes não basta reparar um alternador queimado, para evitar que se repita o problema é necessário encontrar o porquê da sua queima.
 Estator queimado por problemas mecânicos

O alternador é a principal fonte de energia do veículo, abastece os componentes elétricos e mantém a bateria carregada.
Além de ter a capacidade adequada é importante que o alternador suporte altas temperaturas. De qualquer maneira a queima pode ocorrer por sobrecarga elétrica ou térmica decorrentes do excesso de consumo, da falta de ventilação, irradiação inadequada de calor no local da instalação, componentes defeituosos no alternador ou no sistema elétrico.

Para encontrar e corrigir o que causa a queima do alternador leve em consideração os detalhes que seguem.
  • O mais comum é a sobrecarga por excesso de consumo, onde a potência instalada é maior que a capacidade útil do alternador. Os principais fatores são: o uso de lâmpadas de maior potência, instalação descontrolada de acessórios, sobrecarga nos componentes instalados. Faça o teste do equilíbrio de carga, compatibilizando o consumo ou aumentando a capacidade do alternador. Repare ou troque componentes defeituosos.
  • Baterias defeituosas são incapazes de absorver carga. A alta corrente solicitada por elas as tornam indisponível a outros consumidores. Como conseqüência, o alternador opera quase sempre no limite máximo de corrente, e associado à baixa rotação acaba queimando.
  • Uso inadequado da bateria com o motor parado. A descarga acentuada da bateria com o uso contínuo de aparelho de som, faróis, etc. com o carro desligado e o excesso de corrente de fuga, faz o alternador trabalhar com cargas altas e prolongadas ao funcionar o motor, podendo até causar a sua queima.
  • Baixa rotação do alternador. O uso de polias inadequadas no motor ou alternador que reduzam a rotação do alternador, também irá reduzir a sua potência útil e sua ventilação. Nesta condição qualquer um dos seus componentes internos (rotor, estator, regulador de voltagem ou diodos) podem vir a queimar. 
  • Adaptação do alternador para instalar outro de maior potência ou substituir o original do qual não há reposição ou é muito caro. Freqüentes, as adaptações não recomendadas pelos fabricantes trazem bastante problemas. Geralmente não se leva em consideração a temperatura suportada pelo alternador. A alta temperatura no local de montagem somado a temperatura desenvolvida pela carga pode ser fatal para o alternador. Lembrem-se, alguns alternadores tem sentido de giro certo para efeito de ventilação. Outro fator condenável em adaptações é a falta de compatibilidade do regulador de tensão e diodos em relação aos picos de tensão (load dump) que estes deverão suportar.
  • Refrigeração do alternador. Em algumas montagens são necessários defletores de calor e ventilação forçada. Assegure que a circulação de líquido refrigerante ou ar estejam desobstruídos.
  • Componentes do alternador. Regulador de tensão defeituoso representa um sério risco para o alternador, tensão de regulagem alta sobrecarrega o alternador e também a bateria. Rotores e estatores de baixa qualidade não duram o suficiente e também podem ser os causadores da sobrecarga. Diodos em curto circuito ou abertos geralmente provocam a queima do estator.
  • Danos mecânicos. A contaminação por água, óleo, pó danificam os rolamentos fazendo o rotor roçar no estator e curto circuitar as bobinas. Falha idêntica acontece devido ao excesso de tensionamento da correia.
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