Dicas de Injeção Diesel common rail

Motor Diesel CRi - Fiat Ducato
A injeção Diesel common rail já é uma modalidade de serviço que está cada vez mais presente nos centros automotivos, antes exclusivos para serviço na linha de motor Otto. Sob o ponto de vista da eletrônica estes profissionais têm know-how de sobra para fazer os diagnósticos da parte eletrônica, entretanto em relação as nuances do sistema de combustível, os bombistas (profissionais que reparam bombas injetoras) levam vantagens.

Vejamos alguns casos:
Mercedes ML 270 CR common rail trava injetores
Suzuki Grand Vitara Cri, acende a lâmpada da injeção, códigos: sensor de pressão do rail, válvula reguladora de pressão, não acelera a mais de 3 000 rpm, normaliza após apagar os códigos.
VW 13.180 perde potência, acusa erro na válvula reguladora de pressão.

Falhas como estas demonstram a suscetibilidade do sistema Diesel em relação ao sistema de combustível. Pois, muitas vezes, não basta substituir as peças danificadas, é necessário ainda, reparar a bomba de alta pressão, injetores, atestar a qualidade do combustível, fazer a limpeza do tanque e tubulações de combustível, e trocar os filtros para garantir a qualidade do serviço prestado.
Neste quesito os bombistas estão melhores preparados, necessitam apenas complementar os ferramentais que já possuem, para desmontar, reparar e testar a bomba e os injetores de alta pressão.

Outra questão é a estratégia diferenciada nestes veículos, atípica para os sistemas de injeção de gasolina.
Dodge Ram não acelera.
VW 13.180 perde potência, erro no interruptor de freio.
Mercedes Accelo não acelera.

Falhas como estas são causadas por defeitos em um ou mais dos seguintes componentes:  interruptor do freio de serviço ou estacionamento, interruptor da embreagem, lâmpada de freio queimada, baixo nível de água, alta temperatura no motor, nível/qualidade do óleo lubrificante. A estratégia adotada no sistema Diesel eletrônico, como medidada de segurança, impedem a aceleração normal do motor. Além disso algumas falhas podem bloquear, inclusive, o motor de partida.

Espero que estas dicas contribuam para que os técnicos interessados em atuar nesta área possam avaliar o potencial da sua oficina para agregar esta modalidade de serviço.
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Cuidado na hora de substituir o retificador do alternador


Os alternadores automotivos são trifásicos, portanto admitem que seus enrolamentos sejam conectados em estrela ou triângulo.

Em uma ligação estrela a extremidade final de cada um dos enrolamentos são unidas, e na ligação triângulo são fechadas aos pares, final de um enrolamento com o início do seguinte.

O critério usado para escolher um ou outro tipo de conexão depende de imposições na fabricação ou de critérios técnicos que visam melhor eficiência do gerador.

As conexões eram soldadas no próprio estator como ilustrado na foto acima. Com o advento dos alternadores compactos a Bosch passou a realizar estas conexões no conjunto retificador através de pontes de fio entre os terminais que ancoram as pontas do estator. Outra novidade foi a padronização de tamanho do conjunto retificador, segundo o tipo de alternador.


Estas medidas trouxeram algumas complicações, pois as pontes que formam a ligação estrela (X, Y, Z) ou triângulo (UZ, XV, YW) são fundidas na base que suporta os componentes, tornando-se impossível o seu reconhecimento visual, veja a figura anterior.

Portanto para evitar enganos danosos ao alternador, use somente componentes indicados nos catálogos dos fabricantes e em caso de dúvida faça a continuidade entre os terminais do retificador comparando-o com a peça original.

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Dúvidas frequentes sobre alternadores
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