Até aqui o leitor pode apreciar algumas variantes de diagramas elétricos, más não para aí, vamos ver outros modelos
Diagramas esquemáticos
Os diagramas esquemáticos são desenhos técnicos mais detalhados, seguem
normas mais rígidas e representam muitas vezes a forma de atuação interna de
seus componentes. O nível de detalhes varia segundo a finalidade do esquema. Os
símbolos são normalizados e devem ser invariáveis para um mesmo componente,
entretanto existem várias normas que regulamentam estes esquemas, por exemplo:
norma DIN, IEC, ABNT, etc. Devido à similaridade entre elas isso não representa
um grande obstáculo.
Denominação dos componentes conforme norma DIN:
Uma letra junto ao símbolo do componente denomina o grupo a que ele pertence, conforme lista que segue.
A – Dispositivos eletrônicos.
B – Transmissores (sensores) de grandezas
H – Luzes
F – Fusíveis
G – fonte de energia (bateria, alternador)
K – Relês
M – Motor elétrico
S - interruptores
X - Conectores
Y - Eletroválvulas
Esquemas e símbolos ilustram as literaturas técnicas e manuais de
reparação a fim de simplificar e facilitar seu entendimento, a consolidação do
conhecimento ocorre com o uso freqüente.
A seguir temos uma análise mais detalhada da aplicação destas normas e
suas variantes.
Esquema elétrico padrão Volkswagen |
A Volkswagen adota a simbologia DIN para ilustrar os esquemas elétricos.
O digrama completo do veículo é geralmente
separado por secções que cabem em uma página. Os circuitos dispostos
verticalmente podem ser localizados pelo número do circuito indicado no rodapé
da página. Ao traçarmos uma linha vertical imaginária partindo do do número localizador do circuito, podemos visualizar os componentes aí endereçados. Por exemplo: no circuito número
8, no rodapé da página, encontramos as conexões para bomba de combustível.
Interpretando estes circuito temos:
Na bomba de combustível, circuito 8, vemos que o negativo (massa) chega na bomba através fio marrom conectado
pino 4 do conector c4a e da sua derivação no clipe formando duas vias de ligação a pontos massas distintos, um no tanque de combustível e o outro na coluna
das dobradiças do lado esquerdo. O positivo da bomba chega pelo fio vermelho
ligado ao pino 1 do conector C4a (na parte traseira) e fio preto/vermelho a
partir da junção c1 do chicote de injeção.
A linha continua em outra página do
esquema no circuito 24, como indicado no retângulo, onde uma ponte através de clipe
indica seu retorno para esta página no circuito 4 para ligar ao pino de saída 87
do relê da bomba.
O pino 30, entrada de corrente do relê, se conecta ao positivo
da bateria, protegido pelo fusível 14 da central elétrica, através do fio
vermelho/azul e conector intermediário c6 pino 4. Detalhes a respeito do acionamento da bobina
do relê (pinos 85 e 86) nos remete aos circuitos 47 e 69, como indicado nos
retângulos localizados nos circuitos 2 e 3.
Neste tipo de esquema a dificuldade se resume ao trajeto percorrido pela
linha que pode aparecer em uma ou mais páginas, como visto neste trecho do circuito.
Informações complementares como: desenho dos conectores, localização dos
componentes, etc. se encontram em desenhos complementares.
Agrupamentos de circuitos:
Visando facilitar o trabalho de reparação podemos ter os esquemas elétricos de um
automóvel agrupados por sistemas, como: esquema do sistema de injeção de combustível, esquema
do painel, esquema da iluminação, etc. Todas as conexões de um sistema, sempre
que possível, estarão reunidas na mesma página, evitando portanto manusear um grande volume de páginas, como podemos apreciar na figura abaixo.
Esquema do sistema de alimentação, partida e ignição - Ford Escort |
Neste diagrama os componentes podem ser
localizados pelas coordenadas formadas por letra e número. A identificação dos
condutores começa com a denominação dos bornes (norma DIN) e na seqüência a cor do fio. Todos
os conectores e junções do chicote estão claramente demarcados.
Suponhamos que falta alimentação para o módulo de ignição, seguindo o caminho da corrente de alimentação do módulo de ignição, circuito ressaltado
em vermelho no esquema, pode ser visto todos os pontos de conexões e junções no
meio do circuito. A medição de tensão (voltagem) em cado ponto do circuito com certeza indicará o trecho em que ocorre a interrupção da corrente.
A visualização rápida de todos os elementos envolvidos, inclusive identificação
das linhas com denominação do borne e ligações internas dos componentes, dá
maior conforto e abrangência de uso do esquema.
Com circuitos cada vez mais complexos nos veículos, você deve ter percebido como é importante trabalhar com os esquemas elétricos, além disso é mais produtivo e evita danos na instalação. No próximo artigo encerrarei este tema com os sistema usado pela Peugeot e Bosch.
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as vossas aulas sao bastante interessante continuem assim......
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