Pressão de alimentação, sistema sem retorno

Recentemente ouvi o argumento de que a pressão de alimentação de combustível mais elevada do VW - Jetta 2,5L seria para superar a necessidade maior de combustível devido à potência do motor. Intrigado, resolvi levar aos leitores outro contexto.

É difícil classificar qual informação é relevante no dia a dia da oficina mecânica, entretanto dados precisos dos componentes do sistema podem fazer muita diferença no diagnóstico. Além disso, há pessoas que desejam simplesmente saciar o prazer do saber.

Comprometido com leis emissões mais severas, fabricantes de veículos adotam medidas para reduzir as emissões evaporativas do tanque de combustível.
Eliminar a mangueira de retorno do combustível a partir do motor pode ser vista, a princípio, como um fator de redução de custo. Entretanto o maior benefício é a diminuição da temperatura do combustível no tanque, o qual reduz consideravelmente os gases exalados para a atmosfera, já que muitas vezes o canister - filtro de carvão ativado - se encontra saturado. Veja circuito abaixo.


Esta configuração facilita o cumprimento da norma de emissões evaporativas, más traz um novo problema a tona. O fluxo de combustível no tubo distribuidor ou galeria é somente aquele que deve ser injetado, deixando-o suscetível a ebulição e formação de bolhas de vapor. Para evitar a formação de bolhas de vapor e consequentemente a falha no funcionamento do motor a pressão de alimentação é elevada a níveis adequados para cada caso.
No caso do VW – Jetta 2,5 L a pressão está em torno de 4,2 bar.

Uma análise mais profunda certamente nos indicará vantagens adicionais relacionadas ao aumento da pressão, más estes detalhes ficam para uma nova abordagem. 

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3 comentários:

  1. Muito interessante fico grato por tal imformações.

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  2. Prezado,
    Parabéns pelo blog, dicas importantes e valiosas. Estoui começando a entender melhor o funcionamento da alimentação do motor e tenho uma dúvida. Poderia dar um auxílio?
    Tenho um pálio weekend 1.6 16v, ano 2000, que está com problema crônico de partida "pesada" quando quente o motor.
    Troquei velas e cabos, bobina (a última queimou com cerca de 3 anos), filtro de combustível e nada...
    O mecãnico disse que minha injeção é sem retorno (a ponta direita da flauta, tem um conector e não tem nada, é fechada), mas vi que tem uma mangueira que sai de lá parecida com a outra de alimentação (que fica na outra ponta)... Outro dado curioso é que quase sempre após usar o veículo (estacionar) um cheiro de combustível vindo da flauta aparece, às vezes muito forte, e esse cheiro às vezes aparece do nada, mesmo após o veículo parado por horas...
    Saberia me dizer se esse carro é mesmo sem retorno? A válvula fica no próprio corpo da bomba. E essa partida "amarrada" e esse cheiro de combustível vindo da flauta tem a ver com a válvula de pressão defeituosa? Agradeço qualquer ajuda.

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  3. Colega até fabricado em 02/2000 o sistema é com retorno. O regulador de pressão está no tubo distribuidor de combustível. Uma manqueira é conectada do regulador ao coletor de admissão. Basta olhar no motor para confirmar. Verifique onde está ligado esta manqueira ou se possui vestígio de alguma modificação no sistema original. Confronte com o catálogo de peça que pode facilmente encontrar na internet. Partida amarrada pode ter relação com motor de partida, bateria ou seu sistema elétrico. faça o teste da bateria, queda de tensão nos cabos e consumo de corrente do motor de partida para avaliar o sistema. Pode ser problema mecânico no motor, também. O cheiro de combustível pode ser fuga de combustível, injetores gotejando, canister saturado com combustível, entre outros. Confira conexões de manqueiras, teste pressão, vazão, estanqueidade do combustível. Você menciona vários problemas que podem ter ou não relação um com o outro, portanto, terá que revisar passo a passo cada uma delas.

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