5 razões para checar o tempo de injeção com osciloscópio

Verificar a duração ou a existência do sinal é o motivo mais comum para checar o tempo de injeção, porém quem possui um osciloscópio, com alguns recursos, poderá ver muito mais que isto.

Veja na figura abaixo cinco pontos interessantes a serem verificados.

1 – Nesta linha, nos sistemas seqüenciais e por grupos, pode ser medida a queda de tensão no lado positivo do circuito de alimentação dos injetores. Ajuste o tempo de varredura para cobrir uma rotação completa do motor, observe quanto a interferências ou queda na tensão no momento que os demais injetores são acionados.
Queda de tensão superior a 0,3V em sistemas sem pré-resistores: Possível falha de contato em fusíveis, ou relê principal (comum em algumas marcas de veículos), ou conectores intermediários, ou fiação.

2 – Pico de tensão ao desligar o injetor. Afetado por curto circuito na bobina do bico injetor.

3 – Tempo de injeção. Apesar do termo usado se trata do tempo de comando dos injetores. O acionamento e a abertura efetiva dependem das condições eletromecânicas dos mesmos e do circuito elétrico. Através deste podem ser verificadas as funções do sistema de injeção como: regulagem lambda, partida a frio ou quente, etc.

Ampliando o ponto 3 pode ser visto detalhes importantes na etapa de potência do módulo, veja a seguir.

4 - Queda de tensão no transistor. Normalmente é de 0,5 a 1,2 V (0,7 V na figura). Módulo pode estar defeituoso caso se encontre fora desta faixa. Em caso de divergência consultar o fabricante ou compará-lo com outro veículo similar sem falha.

5 – Queda de tensão entre negativos, módulo e bateria, medido sobre a linha do ponto 4 (0,15 V na figura). Tensões acima de 0,3 V ou interferências no sinal indicam defeitos na fiação, ou em conectores intermediários, ou na conexão massa.

Nota! Negativo do osciloscópio ligado ao negativo da bateria e o cabo de sinal ao negativo da válvula injetora.

Links relacionados:
Teste da conexao massa

8 comentários:

  1. O transiente 2 é causado pela força contra-eletromotriz da bobina do bico injetor e este valor é limitado por um diodo zener. Há necessidade desta tensão para desmagnetizar a bobina do bico injetor.
    Vide LM1949.

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  2. O diodo zener é necessário para proteger o transistor contra a alta tensão gerada durante o desligamento do injetor. Não é relevante para a desmagnetização da bobina devido a curta duração do evento.

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  3. Qual o valor aceitavel desta sobretensão? É ou não necessario esta sobretensão para desmagnetizar a bobina? Obrigado.

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  4. Anônimo, a sobretensão é um fenômeno físico inerente a qualquer bobina (indutância) e depende da sua indutividade. O valor aceitável é determinado pelo projetista ao inserir o dispositivo de proteção ou não (veja mais no post reparo de módulos - drivers). A limitação deste pico interfere no tempo de injeção e é compensado no projeto.

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  5. Porque não se mede com a garra massa do osciloscopio no sinal massa do injetor e a garra positiva no sinal positivo do injetor?
    Att, Ernani

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    1. Ernani tecnicamente poderia ser feito assim, desde que seu osciloscópio tenha o negativo isolado ou livre de potencial. Na maioria dos casos o negativo do equipamento é conectado a massa/terra e isto poderia provocar um curto circuito ao medir entre terminais do componente. Outro fator é a padronização do sinal de referência. Se fizer positivo/negativo no componente o sinal ficaria invertido em relação ao modo usual caso não se observe a polaridade. Ainda que não se comente, a referência adotada é quase sempre uma medição com referência ao negativo, massa ou chassi como forma usual. Não é comum encontrar osciloscópio cujo negativo não esteja conectado ao chassi. Observe!

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  6. Aparecido, como sempre mais uma bela aula. O blog mais rico de conhecimento automotivo é este. Parabéns.

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