Sensor de nível do VW – Pólo 2.0

Alguns leitores me perguntaram por que a tensão medida com o multímetro no conector do sensor de nível no VW - Pólo 2007 é quase zero.

Bem, embora parecidos nem todos os sistemas funcionam da mesma maneira, neste caso a medição é interfaceada por uma unidade eletrônica.
A central eletrônica pulsa o sinal enviado ao sensor de nível do tanque a uma freqüência fixa de 10 HZ, cujo ciclo ativo se mantém em torno de 5%. A amplitude do sinal, que consiste na referencia para se determinar o nível de combustível, é modulada pela resistência do sensor. A figura abaixo mostra o sinal, medido com o osciloscópio, para diferentes níveis do tanque.
Detalhes das medições:
  • Reserva (momento em que soa o alarme): Amplitude do sinal aproximadamente 2,8 V, resistência do sensor 250 Ohms.
  • Tanque Cheio: Amplitude do sinal 1,2 V, resistência do sensor de nível 65,3 Ohms.
  • Circuito aberto: Amplitude do sinal 5 V, o indicador marca tanque vazio.
  • Meio tanque: Amplitude do sinal 2,3 V, resistência do sensor 172 Ohms (não ilustrado). 
A foto acima mostra a conexão do osciloscópio para a tomada do sinal. Para varrer a escala do indicador, sem alterar a conexão do osciloscópio remova o conector e insira um potenciômetro de 470 Ohms entre os terminais correspondentes ao sensor de nível.

Importante!    Este sistema possui autodiagnóstico, portanto deve ser evitado a interrupção ou curto circuito do sinal com a chave de ignição ligada. Caso isso aconteça o indicador de nível é temporariamente desativado (zera) mesmo que se restabeleça a conexão. Normalize as conexões, desligue e volte a ligar a chave de ignição para continuar os testes.

Outra possibilidade é executar esta verificação fazendo a leitura dos parâmetros do instrumento combinado através do scanner, como visto na figura abaixo.
  • Bloco 2.2, mostra o volume de combustível no tanque.
  • Bloco 2.3, mostra a resistência do sensor de nível.
Conclusão:
Mesmo normalizada as conexões pode ocorrer que o sistema entre em situação de emergência, registrando falha intermitente código 00771: sensor de nível em curto ou aberto. Neste caso a indicação se mantém na reserva e soa o alarme, independente da quantidade de combustível existente. Após alguns minutos com o motor funcionando a posição do ponteiro se restabelece gradativamente, sem a necessidade de usar o scanner. Se preferir apague o erro para acelerar o processo.

Evitando danos em fios e conexões

Perfurar a isolação dos fios e cabos é uma conduta imprópria que deve ser evitada durante os testes elétricos. A sua prática favorece a ocorrência de curtos circuitos nos chicotes e a oxidação dos fios e terminais devido à entrada de água. Pontas de testes usadas inadequadamente também podem danificar os terminais dos conectores, dando lugar a um iminente mau contato.

O ideal seria que tivéssemos adaptadores para realizar todas as medições, más infelizmente com a diversidade de tipos e tamanhos existentes isto se torna inviável para muitas oficinas, desestimulando os fabricantes destes componentes.

Uma opção desejável é o uso de pontas adaptadoras universais que facilitam o trabalho e causam pouco ou nenhum impacto para cabos e conectores, além de ser uma alternativa mais econômica.

A foto seguinte ilustra alguns exemplos do uso de adaptadores que facilitam o trabalho e asseguram testes eficientes, sem causar danos aos cabos e conexões:

1 – Ponteira de haste fina e longa, introduzida por trás do conector evita perfurar isolamento do fio ou cabo. A vedação de silicone é afastada e volta ao seu lugar após a retirada da ponta de teste.
2 – Ponteira com terminal chato evita esgarçar a conexão.
3 – Ponteira terminal chato fêmea evita dobrar o terminal.

Não há dúvida quanto à melhora na qualidade do trabalho com o uso destas ferramentas, além disso, o custo é relativamente baixo. Você mesmo pode construir-los ou se preferir pode comprar-los.