Usando as pinças amperimétricas

As pinças de corrente ou amperimétricas são compatíveis para serem usadas com uma gama enorme de multímetros, osciloscópios e outros instrumentos. Possibilitam uma medição rápida e precisa, sem a necessidade de interromper o circuito, condição primordial nos carros modernos onde a desconexão de cabos traz sérios inconvenientes.

No automóvel predomina as medições de corrente CC, portanto, as pinças usadas são as de tecnologia de efeito Hall, adequadas também para medir corrente CA.

Alguns equipamentos possuem a escala casada com a pinça possibilitando uma leitura direta em Amperes. Com outros equipamentos selecione uma escala de mV compatível e converta a leitura para amperes segundo os nível de saída mV/A indicado ou selecionado na pinça.

Possíveis níveis de saída mV/A da pinça:
Faixa medição     Nível de saída       Conversão para Amperes
30 A                   100 mV/A               mV/100 ou V x 10
100 A                 10 mV/A                 mV/10 ou V x 100
>400 A               1mV/A                    mV direto ou V x 1000

As imagens abaixo exemplificam algumas medições com o multímetro 



Então! em caminhões, ônibus ou carros use mais e melhor para: medir a corrente de faróis, lanternas, bomba de combustível, aquecedor da sonda lambda, alternador, motor de partida, ventiladores, corrente de fuga da bateria, velas aquecedoras, etc. Use com o osciloscópio para medir corrente de bobinas de ignição, sinal dos injetores de common rail, injetores da injeção direta, etc.
Para outras medições em corrente alternada como: a corrente de um motor, transformador, e outros bastam usar a escala em AC.

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Diagnóstico com o analisador de gases


É possível usar o analisador de gases para localizar defeitos de funcionamento do motor?

Muitos acreditam que sim, pois uma má emissão de gases evidencia o mau funcionamento do motor ou em um dos seus agregados. Já, associar o mau funcionamento do motor a um componente específico não é tão simples assim, talvez seja necessário utilizar-lo em conjunto com outros equipamentos ou recursos técnicos.

Sistema elétrico, mecânica do motor, carburação, regulação da mistura, sistema antipoluição, sistemas de alimentação ar/combustível, sistema de ignição são os principais elementos que formam o complexo sistema motor do carro.

Entender como cada um destes sistemas, e também a sua atuação conjunta, influencia nas emissões é o ponto de partida para usar o analisador de gases como uma ferramenta para encontrar a causa do defeito.

Tomamos como exemplo uma entrada falsa de ar no coletor de admissão, as reações serão diferentes em sistemas carburados e injetados com: MAP, massa/fluxo de ar ou potenciômetro. Com o MAP a estequiometria da mistura tende a manter-se, enquanto que a rotação de marcha lenta se desequilibra. Por outro lado, pequenos desajustes de misturas percebidos em sistemas carburados ou nos demais sistemas injetados sem sonda lambda são, muitas vezes, mascarados naqueles cuja regulação lambda existe.

Este breve texto demonstra o quanto pode ser complexo este assunto, porém ao adotar uma rotina prévia para verificar a mecânica do motor, o sistema elétrico e de carga, inspecionar o coletor de admissão e escape, os componentes antipoluição (canister, respiro do motor, EGR, etc.), pode simplificar o diagnóstico. Somente após sanar toda e qualquer irregularidade encontrada passe a usar o scanner e o analisador de gases.

Outra consideração importante é sobre o aparelho de medição, dê preferência para os analisadores de quatro gases com indicação de CO corrigido (COvrai) e relação lambda. Simultaneamente use o scanner para conferir os parâmetros adaptativos da regulação lambda, caso haja, pois o cruzamento das informações facilitará bastante o trabalho.