Uma das coisas que me incomoda é ver o mecânico ou
eletricista usando caneta de polaridade para testar a presença de pulsos nos
injetores common rail. Obviamente se houvesse pulsos no injetor o motor produziria
combustão, não é assim que acontece quando se joga spray na admissão!
Muitos vão querer justificar esta prática, o fato é que além
de ruim tecnicamente é totalmente desnecessária.
Argumentos contra:
- Os injetores Diesel
operam com tensão inicial de cerca de 80 a 95 Volts, pode ocorrer sobrecarga.
- Existem Drivers tanto do lado do positivo quanto do lado
do negativo da bobina do injetor, teste inconclusivo: pode ser um sinal de
retorno.
- Se o motor não entra em funcionamento já é óbvio que os
injetores estão inoperantes, resta saber a causa.
Analisando o esquema básico do circuito dos injetores (fig.
acima), a tensão de 85 Volts armazenado no banco de capacitor será comutada pelos
FETs (transistor de efeito de campo) T1 e T2 para comandar o injetor do cilindro
1. Após um breve intervalo de tempo o FET - T1 é cortado e T4 é ligado, mantendo
a alimentação pela linha 30 (positivo da bateria). Em qualquer etapa a corrente
elétrica, detectada através do resistor Rshunt, é limitada para valores
adequados. Ao desligar o injetor, a sobretensão conhecida como força contra
eletromotriz é direcionada a carga do capacitor pelos diodos D1 e D2. Esta também
é a forma que se obtém a tensão de 85 Volts armazenada no capacitor.
O ciclo para o injetor 2 é similar, sendo que o FET – T1 e
T4 são comuns ao funcionamento de ambos os cilindros.
O sistema ilustrado é apenas uma das variantes existentes.
Cada fabricante emprega o método mais conveniente ao seu projeto, e
independente do caso sempre teremos uma carga armazenada em um banco de
capacitores com alta tensão.
A foto acima ilustra a unidade de controle dos injetores da Toyota Hilux. Este sistema possui um conversor DC/DC formado pelos indutores (bobinas) e capacitores localizado parte superior do módulo, para obter a alta tensão.
Veja também:
Qual é a melhor maneira de saber se existe alimentação nos injetores?
ResponderExcluirPara common rail! Scanner, voltimetro na respectiva entrada do circuito dos injetores e medir a corrente do injetor com osciloscopio + pinça amperimetrica. Eu começaria com a pinça.
ExcluirNo diagrama, os injetores foram representados como se possuissem internamente uma bobina (como parte de um eletroimã). Tipicamente, qual é a resistência e a indutância do enrolamento?
ResponderExcluiruma dúvida: quem limita a tensão armazenada nos capacitores? se na central com defeito, tensão estiver chegando a 200V quais causas poderiam ser?
ResponderExcluirEu testei Injetores com motor em funcionamento desconectando um por um ,derepente o motor parou e quando volto a ligar a chave só se escuta um barulho tipo de abelha e o motor ja nao funciona.
ResponderExcluirQuero saber porque aconteceu?