Meu carro falha. O que pode ser?


“ ...meu carro  está com alto consumo de combustível, perda de força, cheiro muito forte de gasolina, fumaça muito escura saindo do escapamento, acende a luz da injeção...”
 “...já gastei muito e não resolvem meu problema’”
 “ ...falha em marcha lenta e o consumo é elevado. Já troquei velas, cabos e limpei os bicos...pode ser sonda lambda ou bobina? " 

Se você acredita que o mecânico sabe qual é problema do seu carro só de ouvir sua reclamação, está enganado. Veículos modernos são complexos, possuem dezenas de computadores e estão sob forte influência logística de software.
Entre o que pode ser e o que realmente é existe uma distância que supera as melhores das expectativas.  

Num panorama de mudanças tecnológicas constantes o mecânico está sujeito a treinamentos frequentes, precisa consultar manuais de serviços e o uso de equipamentos para diagnóstico e ajustes não é mais uma opção.
A banalização da tecnologia por certos profissionais e de muitos donos de veículos pioram a imagem das oficinas. De um lado o profissional querendo mostrar que está no controle, do outro o dono do carro pensando que é só apertar um parafuso e estará tudo bem e o custo será irrisório. As consequências se notam facilmente pelos tropeços do dia a dia, como hão de comprovar em comentários postado na rede.

Os sintomas da falha e a reclamação do cliente são indicadores que ajudam o mecânico a decidir o que deve ser examinado. Equipamentos de diagnóstico adequados e farta literatura técnica sobre o veículo também são indispensáveis. Mas tudo isto é só o começo de um longo e difícil trabalho. Com experiência e conhecimento o profissional se reorienta durante a pesquisa até que seja possível debelar a falha.  Esta dinâmica não se limita ao histórico de falhas recorrentes ou troca de peças por osmose, se deve seguir um raciocínio lógico e lançar mãos de ferramentas adequadas para concretizar o diagnóstico com eficácia.

Apreciando os comentários, os leitores, poderão observar um erro comum: frequentemente a intervenção é no defeito e não na origem do problema. A conclusão é mais óbvia ainda: não basta suprir o elemento defeituoso, a solução definitiva somente ocorre ao se encontrar a causa do dano.

Algumas dicas que podem ajudar:

Faça revisão periódica conforme recomendação do fabricante.  Fazer manutenção antes que apareçam falhas evitam os danos consequentes e reduzem o custo de reparo.

Use somente peças originais, genuínas ou que possuam certificação de qualidade. Como se costuma dizer: O barato sai caro!

Evite fazer adaptações não autorizadas pelo fabricante.

Não substituam peças sem que se comprove por meios de testes que tenham defeitos. Geralmente trocar peças sem fazer um diagnóstico é desperdício de dinheiro. Em média 60% dos defeitos são causados por cabos ou conexões defeituosas.  

E sobretudo, confie seu carro somente a oficinas e profissionais qualificados que trabalhem com ética e transparência. E acredite, na maioria das vezes é preciso muito trabalho apenas para dizer o que deverá ser reparado.



5 comentários:

  1. olá...sei que não tem muito a ver com a matéria acima mas preciso tirar algumas duvidas e talvez você seja capaz de me ajudar...

    tenho algumas duvidas e não achei nada na net sobre o assunto...
    minha ideia é montar um 1.4 fire em uma caixa 1.0 fire.

    a ideia é montar um motor 1.4 em um uno 2005
    sinto que no fire 1.0, falta um pouco de motor na quinta marcha
    pelo seu conhecimento, qual seria a probabilidade de compensar essa perda e ficar bom de andar?

    outra pergunta
    pegando dois anos, digamos 2005, existe alguma diferença externa entre os motores 1.4 e 1.0 fire,calços do motor, encaixe na caixa,priz, admissão e escape ou seriam iguais?

    sei que o motor fire 1.0 tem seu diâmetro de pistão 70,0 e curso de 64,9 mm , o motor fire 1.4 tem seu diâmetro de pistão 72 e curso de 84,0 mm, seriam as modificações internas, além de mais algumas...

    no caso da mudança, se forem todas as medidas externas as mesmas e flange da caixa iguais, o que tenho mais a fazer seria ajustar o meu modulo para 1.4, tenho como ajustar o modulo do 1.0 para consumo do 1.4 ou teria de conseguir um modulo de 1.4?

    lembrando que não penso em legalizar
    qual seria sua opinião
    se possível me enviar a resposta por email pois não consegui entrar com minha conta...
    mauriciomarinisantos@gmail.com

    agradeço muito!
    grande abraço!

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    Respostas
    1. Maurício, infelizmente não posso te ajudar.

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    2. Amigo pra fazer isso você teria que mudar também a UCE e isso implicaria também os chicotes, caso coloque um motor 1.4 no seu 1.0 a UCE não reconheceria a potência a mais, isso ficaria muito caro pois quanto custa hoje um motor desse? E o sistema de injeção? É mais viável a compra de outro carro a longo prazo, antigamente fazia-se muitas adaptações em carros carburados mas em sistema de injeção é mais complicado, caso você faça isso e resolva comprar um módulo programável (importado) o custo final disso tudo é igual ou maior do que um carro 1.4 da fiat.

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  2. Estamos sentido falta das suas postagens.

    Forte abraço!

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  3. o´la oficina automotriz, lamento a falta, o tempo ficou curto neste final de ano, graça a Deus muito trabalho, apesar desta crise que vivemos. Tive que priorizar responder os comentários que aumentou bastante. Espero que este ano seja mais ativo. obrigado por seguir-me.

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