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Teste de unidades injetoras Diesel com osciloscópio

Dentre os sistemas de injeção eletrônica Diesel se encontra as bombas de injeção eletromecânicas também conhecidas por PDE e PLD, segundo a configuração. Uma das etapas de conserto desta unidade injetora é certificar-se que o atracamento da armadura ou induzido ocorra em um limiar de corrente exato, que deve ser ajustado para o perfeito funcionamento do motor.

Teste e ajuste devem ser realizados com uma fonte de corrente com alcance de pelo menos 10 Amperes. A corrente é incrementada até que se ouça um click, um indicador de ocorrência do atracamento, e simultaneamente deve ser lido valor de corrente atingido.

Fatores como aquecimento da bobina, variação rápida da corrente, instabilidades da fonte podem resultar em leituras incertas que comprometem a qualidade do teste.
Uma forma de aprimorar este teste é o uso do osciloscópio, pois proporciona um teste mais preciso já que não se necessita ajustar paulatinamente a corrente. Além disso, permite a visualização do incremento de corrente e o tempo de atração do induzido. Outras falhas mecânicas também poderão ser detectadas com este método.

Para realizar o teste é muito simples, conecte um resistor de 0,1 Ohms/10 W em série com a unidade injetora a ser testada e tome o sinal (queda de tensão) com o canal do osciloscópio conectado entre entrada e saída do resistor. Para este valor a leitura equivale a 0,1V/A. Caso deseje melhor visualização o sinal pode ser amplificado com o uso de um circuito integrado em uma configuração própria para instrumentação.
Corrente de atracamento da placa 7,5 A, unidade injetora tipo PLD.
A atração pode ser vista pela perturbação causada na curva de subida da corrente pela indutância da bobina ao movimentar o induzido.

O valor de corrente da respectiva unidade e sua curva característica de referência pode ser obtido ensaiando uma unidade nova ou em perfeito estado de funcionamento.

Veja também:

Teste do corpo de borboleta E-GAS - acelerador eletrônico

Os sistemas de injeção eletrônica possuem autodiagnóstico para os sensores e atuadores, e podem memorizar os erros encontrados. O técnico, ao constatar falha memorizada pela unidade de comando do motor (UCM), necessita, obviamente, testar o componente suspeito e suas respectivas conexões. 
Acelerador eletrônico E-GAS

Geralmente a UCM não pode detectar se a incoerência do sinal reside nas partes interna ou externa do sensor ou atuador. Sabemos ainda, que muitos defeitos elétricos sequer são detectados pela UCM.

Casos a parte, o corpo de borboleta dos sistemas de acelerador eletrônico ( Drive by Wire), conhecido também como E-GAS, por razões de segurança possui um  autodiagnóstico bem mais preciso. Naturalmente, exceto a necessidade de testar os conectores e o chicote elétrico, podemos considerar o mesmo devidamente testado pela UCM.

A logística usada pela UCM se resume em uma operação matemática, deve-se obter como resultado o valor da tensão de alimentação ao somar a tensão dos sinais fornecidos pelos potenciômetros, veja foto.

Tensào potenciômetro P1
Tensào potenciômetro P2
Somado a tensão de P1 e P2 deve ser igual a tensão de alimentação dos potenciômetros.

Desde o momento que a chave de ignição é ligada, a supervisão é continua e abrange totalmente a faixa de varredura dos potenciômetros. A tolerância permissível é bem estreita, o que garante a ótima precisão do autodiagnóstico e as medidas de emergências cabíveis.

Links relacionados:
Teste do medidor de fluxo de ar Bosch
Osciloscopio - Testando potenciômetros
Sensor de temperatura NTC
Corpo de borboleta monoponto - TBI

Como funciona o motor "passo a passo"

A função do motor "passo a passo" ou simplesmente motor de passo é estabilizar a rotação de marcha lenta do motor do veículo. A ponta da haste, inserida no canal by pass de ar no corpo de borboleta aceleradora regula o fluxo de ar e consequentemente a rotação do motor
Vista do motor de passo.
O motor é composto de um estator com duas bobinas e um rotor de imã permanente multipolar. 

Estator com duas bobinas e rotor de imã permanente

A haste com o obturador é rosqueada no rotor que ao girar a move axialmente, e a inversão constante da rotação realiza um movimento de vai e vem.
Vista interna do motor de passo
Uma sequência de impulsos elétricos enviados pela UCM as bobinas do motor de passo faz o rotor girar nos dois sentidos de rotação.

Esquema de funcionamento - passo 1


Alimentado pela unidade de comando do motor, conforme a polaridade da tensão nas bobinas, o rotor gira um passo a esquerda ou à direita.






Esquema de funcionamento - passo 2

 Invertendo a polaridade de uma das bobinas o rotor gira mais um passo a direita ou regressa um passo a esquerda.

Invertendo sequencialmente a polaridade nas bobinas o motor gira continuamente com a velocidade imposta pela frequência dos impulsos. 


A quantidade de passos para o rotor dar um giro completo depende do número de polos do estator e rotor.